Category Archives: Planejamento

Hello, creativity… where are you?

Uma matéria no New York Times de hoje, comentada pelo Blue Bus, chama a atenção para mais uma manifestação de algo que se tornou perigosamente comum no mercado publicitário mundial: o domínio cíclico de algumas palavras ou expressões.

A expressão da vez é Hello, usada com sucesso há algum tempo no “Hello, Moto” e em mais inúmeras campanhas. É uma expressão agradável, que fala diretamente ao público e tem inúmeros significados, dependendo da entonação e do resto do copy. Chama a atenção, é algo a que estamos condicionados a responder… Até operadora de celular brasileira encontrou na saudação uma solução ideal para se comunicar com seus prospects e clientes. Quer algo mais fofo do que aquelas criancinhas falando “oi!” no fim dos filmes?

Perfeito coringa, não? Sim, e é aí que mora o perigo para os criadores e planejadores.

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Sapeando

O Grupo de Planejamento deu prosseguimento às atividades de 2007 com o evento inicial de um conceito interessante.

O Sapo de Dentro, Sapo de Fora vai reunir sempre um profissional de planejamento e um não-planejador, mas ligado ao mercado de alguma maneira. A primeira dobradinha reuniu David Laloum, diretor de planejamento da Y&R e Marcelo Coutinho, diretor-executivo do IBOPE Inteligência. Os temas foram “First Life. O Homem, foco das marcas”, desenvolvido pelo Laloum, e “O fim do discurso publicitário? As marcas em tempos de comunidades on-line e criação coletiva”, abordado por Coutinho.

Infelizmente não pude comparecer, mas o Douglas Gregório esteve lá e faz um relato bem completo no Douglas Planner.

Tenho algumas considerações quanto à maneira que maioria do mercado brasileiro está encarando o “fenômeno” Second Life e os metaversos que surgem, como o proposto ambiente 3D do Playstation ou jogos como o World of Warcraft.

Mas análise do Douglas está bem legal e vale uma conferida!

Adaptai-vos ou perecereis!

Mais um prego no caixão da mentalidade conservadora em propaganda, pelo menos lá em cima:

Na temporada de negociação de espaços na TV americana, a Unilever se torna o terceiro anunciante gigante seguido a revelar que vai comprar menos espaço na mídia tradicional e redirecionar cada vez mais verbas para outros canais de comunicação.

A VP de mídia da Unilever América declarou à AdvertisingAge que a companhia está “avaliando suas opções para o upfrotn (a compra antecipada de mídia). Este processo existe há muito tempo e pode ter sido apropriado para os negócios como eram feitos há dez anos.Claramente o mercado mudou muitoClearly, the market has changed a lot”, declarou Laura Klauberg.

Além da Unilever, as operações americanas da Johnson & Johnson e da Coca-Cola também modificaram suas rotinas de compra de espaço antecipado nas tvs americanas, e planejam cada vez mais ações integradas outras – novas – mídias. “Existe um altograu de complexidade nas ações que estamos tentando desenvolver”, disse Klauberg. “E saber com tanta antecedência o que vamos fazer é complicado,pois na verdade estamos planejando para 2008”.

E aqui no Bananão? Como está sendo pensado o ano de 2008? Quanto de fosfato está sendo direcionado para fora da caixa TV-impressos-rádio-full banner?

Viajaram direitinho…

Acredito que uma boa campanha possa ser definida pela reação que causa em quem a ouve/vê/lê/acessa pela primeira vez.

Site da promoçãoAgora mesmo, esperando o início da sensacional “Sala dos Professores”, na Eldorado FM aqui de São Paulo, ouvi um longo spot da Mastercard, contando as aventuras de um cara que viaja pelo Brasil sem nada mais do que seu Mastercard.

Já tendo atendido parte da conta em uma agência anterior, e conhecedor dos conceitos sempre inovadores da marca, comecei a prestar atenção e me vi sorrindo a cada riminha, sotaque diferente e situação engraçada que o portador do cartão resolvia.

Claro que, ao buscar mais informações nas minhas referências de sempre, me deparei com um post do Merigo no Brainstorm9 contando todos dos detalhes.

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Separando ficção e realidade

Na sua coluna deste sábado na Folha de S. Paulo, Ruy Castro manifesta sua insatisfação com a campanha da Leo Burnett para o Novo Palio.

Com o forte título de Emoções Assassinascolunista linka as imagens em alta velocidade da campanha com os acidentes e mortes no trânsito.

Um trecho da argumentação de Castro.

“Depois de mostrar o herói num barco ou num furacão, para dizer que ele gosta de emoções violentas, transfere-o para um carro novo que dispara por um túnel, num pega noturno com outros dois, a 300 km por hora. Eu sei, é um truque, e talvez seja impossível correr tanto dentro de um túnel. Exceto se isso for um privilégio do carro em questão. O comercial não explica se o pega deve ser combinado com os outros motoristas que só querem chegar inteiros em casa.”

Estranho que os nobres legisladores cariocas tenham recorrido ao CONAR, enquanto a Sol, por exemplo, tem um programa de fidelidade para universitários beberem cada vez mais. Qual é a mais nociva? E essa, eles não bloqueiam?

Fala muito sério! Um conceito publicitário é uma coisa. Estimular a venda de armas ou o desejo suicida (como foi alegado para tirarem o filme em que o cara sai pra nadar no meio do maremoto) é outra coisa completamente diferente.

Tem horas que o politicamente correto e a imbecilidade da desinformação se confundem. Aliás, tem horas?

Pandora’s Box

Segundo o Blue Bus, o IAB (Interactive Advertising Bureau) pediu às duas principais empresas de medição de audiência de internet nos EUA, a comScore e a Nielsen NetRatings, para que submetam seus trabalhos a uma auditoria externa.

Já estava na hora de disciplinar a medição de internet. Os institutos ainda usam metodologias adaptadas de medições de outras mídias, gerando resultados conflitantes e desacreditando o planejamento de mídia digital.

Vamos ver se emerge um padrão único em pouco tempo.

Busy bee

Os últimos dias têm sido caóticos e ocupados.

A vida de planejador é bem mais ocupada do que pensei, ainda mais com um grande projeto rolando em pouco tempo e com cliente novo não só para este escriba como para a agência também.

E é aí que a gente vê a importância de processos, métodos e organização.

E da atualização constante, busca por tendências equilibrada com o contato com o mundinho do dia-a-dia.

Não dá pra esquecer esta lição: A Torre de Marfim tem que ter janelas e portas, pra não esquecermos de como se fala com nossos clientes, nossos consumidores.