Linha? Que linha?

No apagar das luzes na Croisette, uma verdade absoluta e muito conveniente (não deu pra resistir ao trocailho) emerge:

Finalmente o mundo publicitário tem uma mensagem clara do caminho a seguir… e ele passa pela integração e pelo redefinição do que é uma categoria, de onde passa a linha e, mais importante, se ainda existe alguma linha dividindo competências e feudos.

O exemplo mais claro disso é a premiação do filme Evolution, da Ogilvy para Dove. Nasceu como uma peça para internet, virou referência, teve mais visualizações que os comerciais do SuperBowl e acabou na TV por insistência do público. Resultado: ganhou prêmios tanto em Film quanto em Cyber e virou o símbolo do despertar.

Será que este despertar vai se traduzir em uma mudança concreta aqui no Bananão? Eu espero que sim, mas sinceramente ainda duvido. Os feudos ainda são arraigados demais, os pré-conceitos ainda imperam e na hora de aprovar um planejamento ou uma linha criativa.

Falta quem bata na mesa e responda ao cliente que sim, desta vez o foco não vai ser no filme de 30″ no JN nem nas páginas seqüenciais em Veja e na Folha, mas sim em uma campanha integrada, que leva a mensagem até onde o prospect está, que costura tanto a comunicação institucional quanto as ações de PDV e o marketing social.

Pelo menos, quando esses poucos guerreiros levantarem esta hipótese, terão uma trilhla sonora responsa por trás: o rugir de diversos leões!

Durante a semana vou colocar meus pitacos sobre as diversas categorias, além de relembrar os cases que foram comentados aqui antes e reconhecidos agora na Côte d’Azur.

One thought on “Linha? Que linha?”

  1. O problema é de onde as agências vão tirar dinheiro se mudarem o foco das mídias tradicionais para os novos formatos. As principais agências terão que rever seus modelos de remuneração, porque muito mais do que uma mudança de postura (que eu já acredito que vem ocorrendo) o difícil mesmo é mudar o negócio.

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