Separando ficção e realidade

Na sua coluna deste sábado na Folha de S. Paulo, Ruy Castro manifesta sua insatisfação com a campanha da Leo Burnett para o Novo Palio.

Com o forte título de Emoções Assassinascolunista linka as imagens em alta velocidade da campanha com os acidentes e mortes no trânsito.

Um trecho da argumentação de Castro.

“Depois de mostrar o herói num barco ou num furacão, para dizer que ele gosta de emoções violentas, transfere-o para um carro novo que dispara por um túnel, num pega noturno com outros dois, a 300 km por hora. Eu sei, é um truque, e talvez seja impossível correr tanto dentro de um túnel. Exceto se isso for um privilégio do carro em questão. O comercial não explica se o pega deve ser combinado com os outros motoristas que só querem chegar inteiros em casa.”

Estranho que os nobres legisladores cariocas tenham recorrido ao CONAR, enquanto a Sol, por exemplo, tem um programa de fidelidade para universitários beberem cada vez mais. Qual é a mais nociva? E essa, eles não bloqueiam?

Fala muito sério! Um conceito publicitário é uma coisa. Estimular a venda de armas ou o desejo suicida (como foi alegado para tirarem o filme em que o cara sai pra nadar no meio do maremoto) é outra coisa completamente diferente.

Tem horas que o politicamente correto e a imbecilidade da desinformação se confundem. Aliás, tem horas?