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Batendo uma bolinha

Sempre gostei de futebol.

Desde pequeno, indo aos jogos do #Galo com meu pai, sonhei em pisar os gramados ao lado dos meus ídolos. Por uma destas coisas de família, sempre gostei mais de jogar no gol. Admirava as defesas de João Leite, Preud’Homme, Yashin, Sepp Maier. E sabia que vida de goleiro é difícil. Acabamos aparecendo mais na hora de tomar o gol do que com as defesas difíceis que fazemos…

Na terça-feira, dia 23/11, recebi um convite logo antes de sair da agência: “Quer jogar bola hoje? no Canindé?”. Como todo bom ex-boleiro e viciado em futebol, topei na hora.

Chegando lá, junto com vários amigos e conhecidos de blogs, do jornalismo e da publicidade, uma surpresa: O mestre Raí apareceu pra bater uma bolinha na noite chuvosa de Sampa.

E mais: uma equipe estava captando as imagens da galera se aquecendo, entrando em campo, experimentando aquela sensação de se pisar em um gramado oficial. Pensei: “Aí tem coisa legal…”

E tinha mesmo!

A #PeladaComRaí, como acabamos chamando no Twitter, virou um vídeo super bem editado pelo pessoal da PeraltaStrawberryFrog, de onde veio o convite inicial para o jogo. Sem marcas ainda, sem assinatura… Só o registro de uma noite em que os torcedores viraram companheiros de time do ídolo.

Assista o vídeo em HD. Vale à pena… Ah, reparem no golaço que o Raí marca, logo no início do vídeo – apesar do vôo deste goleiro-escriba…

100 anos de paixão (e confusão)

Este post faz parte do Projeto Blogagem Inédita, proposto pelo Edney Souza no Interney.net. saiba mais sobre o projeto clicando aqui

Como profissional de Social Media, às vezes me pego pensando se as ferramentas que estamos aprendendo a usar e a desenvolver podem ser usadas para a evolução – ou correção de rumo – de algumas das principais paixões dos brasileiros.

Centenário do Galo

Daqui a exatamente uma semana, no dia 25 de março, o Clube Atlético Mineiro celebra 100 anos de sua fundação, por um grupo de garotos de classe média da então pacata cidade de Belo Horizonte.

Assim como outros clubes brasileiros que alcançaram a marca, os 100 anos do Galo estão sendo comemorados com um misto de ações de marketing, iniciativas privadas e muita expectativa por parte de uma torcida considerada uma das mais apaixonadas do país.

Mas, ao contrário do centenário de Flamengo ou Vasco, o clube não conseguiu montar uma super-equipe, nem contratar nomes de peso para o plantel. Arrastando-se em um desconfortável 4º lugar no campeonato Mineiro, afundado em dívidas e vindo de uma administração horrorosa – que culminou com o rebaixamento do clube à Segunda Divisão do brasileiro em 2006 – o Galo mineiro conta muito mais com sua torcida do que com a esperança concreta de realizações históricas neste ano.

Mas a Massa, como é conhecida a torcida alvi-negra mineira, supera a tudo e a todos para demonstrar sua paixão. Seja morando na periferia de BH, seja espalhada por São Paulo, no interior do estado do Pará ou mesmo fora do país, os atleticanos demonstram seu amor ao clube das mais diversas e originais maneiras.

São diversos grupos de emails, comunidades no Orkut, torcidas (des)organizadas, todos pensando no bem do time e tentando ajudar a recuperar a época de glórias e títulos.

Um grupo de mineiros-paulistas está preparando uma caravana para ver o time jogando contra o Rio Branco de Andradas, cidade do sul de Minas distante apenas duas horas da capital paulista. A idéia é mostrar o amor da GaloSampa mais uma vez, assim como fizeram na disputa da Série B do nacional quando invadimos o estádio do Santo André e o Canindé.

Infelizmente ainda há muito o que fazer para tornar o Atlético um time verdadeiramente nacional. Seus dirigentes têm o péssimo hábito de afundar o time em dívidas – seja contraindo empréstimos dúbios, seja pela simples incompetência de administrar corretamente os ativos do time, como passes de jogadores, FGTS e direitos trabalhistas.

O resultado é, como se diz também da torcida corintiana, uma torcida que tem um time. Mas nem este fator é bem utilizado pela direção do centenário Galo das Alterosas. Contando em suas hostes com economistas, empresários, publicitários e diversos luminares da cultura, política e sociedade de Minas, o Atlético nunca teve um plano decente de marketing, valendo-se no máximo de campanhas pífias pra arrecadar dinheiro quando a “água bate na bunda”.

Que este centenário possa marcar uma virada para o mais querido de Minas, em uma era em que as mídias sociais estimulam a colaboração e a busca por soluções compartilhadas.

Galo Sempre!