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Twitter no Second Life

Uma das mais novas febres na Internet, não ia demorar muito para que o Twitter achasse um jeito de entrar no 2ndL. Já pintaram duas aplicações que integram o serviço de avisos com o metaverso.

A primeira é o TwitterBox, um objeto gratuito que permite que o avatar poste os updates de status diretamente do 2ndL. Gratuito, o serviço ainda precisa de alguns ajustes, mas a premissa é boa.

Se você não consegue ficar sem saber o que seus twitter-friends estão aprontando, a solução é o Twitterer , que faz com que os últimos updates appareçam como esferas
com as mensagens flutuantes.

Ele se abastece da API do Twitter, o que mostra que a galera está aprendendo a usar e abusar das possibilidades de mash-ups.

Tem uma novidade pra gente? comenta aí embaixo…

Na Cásper

semana_casper.jpgNesta quarta-feira terei a honra e o prazer de falar para os alunos da Faculdade Cásper Líbero, durante a 4ª Semana de Propaganda.

Substituindo Abel Reis (e que responsa!), vamos conversar sobre “Redes Sociais e Mundos Virtuais”.

Um papo sobre o que muda e o que deve ser jogado no chão e reinventado, com quem vai estar no comando da comunicação em muito pouco tempo. De fato, a primeira geração a ter nascido 100% digital.

Promete ser interessante.

Quem conhece o 2ndL? Digital Age, day 2

Como não podia deixar de ser em um evento que foca as novas encarnações da mídia, o Second Life foi citado a torto e a direito na Digital Age 2.0. Uns falando bem, outros mal, uns entendendo o que há para se fazer, outros ainda tateando no metaverso. A Qualibest preparou uma pesquisa para entender melhor quem conhece o Second Life – e quantos desses efetivamente gostaram, voltam e vêem relevância na ferramenta.

Apesar de ter achado – particularmente – que a apresentação foi fraca, alguns dados interessantes surgiram. Mais de 70% dos internautas brasileiros já ouviram falar, pelo menos, do Metaverso da Linden Labs. Mas entre ouvir falar e usar vai uma distância grande ainda.

O especialista Ernesto Nunes diz que há uma expectativa de igualar ou superar o fenômeno do Orkut, com os brasileiros superando americanos e alemães e assumindo o primeiro lugar entre os usuários.

44% dos participantes da pesquisa já ouviram falar do Second Life, mas nunca entraram na rede. Entre os que já tentaram se aventurar, 13% já entraram no site, mas não completaram o cadastro (achando muito complicado ou burocrático); 11% já entraram, mas não são usuários ativos e 4% são ativos (navegam pelo menos uma vez por semana). Mas 28% dos entrevistados nem sabem o que é Second Life.

E a mega cobertura que a mídia tem feito sobre a novidade tem funcionado. Grande parte dos novos usuários chegou até o SL por causa do buzz gerado por matérias em jornais, TVs e sites.

A pesquisa diz que a população brasileira no 2ndL deve chegar a dois milhões de habitantes até abril de 2008!

Darwinismo Digital – Aulas de sobreviência no 2° dia da Digital Age

O segundo dia do Digital Age começou com a palestra do diretor executivo de uma das mais criativas agências digitais do novo mercado.

Joseph Crump, da Avenue A/Razorfish, continuou de onde o primeiro dia tinha acabado: Como evolui a presença das marcas digitais em uma era em que o branding está se transferindo das mídias tradicionais para os novos meios.

A resposta de Crump: Adapte-se ou morra.

Já sabemos que a web criou uma nova maneira de fazer negócios, que evoluiu para um ecossistema que está fora de controle. E as marcas que não evoluírem rápido vão ser devoradas pelos concorrentes maiôs adaptados. Daí o título da palestra: “Darwinismo Digital”. E, segundo Crump, o Brasil tem vantagens evolutivas nos negócios on-line, mas precisa se adaptar. “Tudo indica que o Brasil será uma das áreas de maior crescimento em todo mundo”, ele disse. “O futuro está aqui. Ele só está mal distribuído”.

Como vários outros gurus do mercado, ele também tem suas regras para as marcas. São elas:

* O cliente está no controle. Por exemplo, os já clássicos Mentos + Coca Cola e Will it Blend são exemplos de como o poder está nas mãos dos usuários, com a expansão da banda larga

* A lealdade às marcas está diminuindo. E para segurar o interesse, devemos superar os estímulos dos concorresntes.

* Todas as marcas são digitais. Para Crump, não há mais como ignorar o universo digital.

* Você tem 50 milissegundos para impressionar. E este é todo o tempo que você tem para fazer com que o consumidor decida se gosta ou não do seu site.É a metade do tempo de um piscar de olhos, diz Crump.

* Os plagiadores vão sofrer. E usou um exemplo interessante: “Imagine entrar em um shopping em que todas as lojas são iguais. É entediante”.

E aí? Como sobreviver em um cenário selvagem como esse? Para o diretor da RazorFish, as marcas com DNA digital devem ter sete características: novas, adaptativas, sociais, mutáveis, imersivas, relevantes e autênticas.

Daqui a pouco falamos sobre o painel de controle de crise e a pesquisa sobre o perfil do usuário brasileiro de Second Life.

Ainda a imensidão vazia

Muita gente continua comentando as histórias de que o Second Life morreu, virou purpurina, cantou pra subir. As matérias do LA Times e da Wired apontam para os espaços vazios, as empresas que desistem de suas unidades no metaverso e a impressão (correta, na maioria das vezes) de que não há lá muita coisa pra se fazer em determinados lugares.

Uma defesa apaixonada, mas cheia de bons argumentos, foi feita (em inglês) pelo StoryGeek. Entre outros motivos para o chamado apagão demográfico, o escritor aponta que o Second Life não é exatamente Chicago ao meio-dia, mas tm um movimento respeitável para um ambiente que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Além disso, considere que seu escritório funciona das 8 às 18h. Ele está fadado ao fracasso por ficar 14h por dia vazio?

Continuo batendo na tecla: o 2ndL é pioneirismo puro, o equivalente 3D ao Gopher ou ao ICQ. Tem muita coisa ainda a ser aprendida, descoberta e divulgada.

Caiu a ficha sobre o 2ndL?

O bafafá do dia é a notícia publicada no Los Angeles Times, que diz que muitas empresas estão desisitindo do Second Life.

Repercutida no Blue Bus, a nota dá como exemplos a ilha da Dell que estava deserta durante a visita da reporter. Também estava vazio o espaço do Geek Squad, da Best Buy. A American Apparel – case de sucesso na época da instalação – fechou sua loja na comunidade virtual e a Aloft, do grupo Starwood Hotels & Resorts, que tentou um hotel virtual, está fechando e doando seu espaço.

Acredito que esteja começando um processo de depuração.

Como já comentei aqui e em outros espaços, o 2ndL é um precursor do que pode ser uma maneira revolucionária de navegar e interagir na Internet. Os pioneiros se estabelecem ou não. Não adianta fornecer em um mundo virtual soluções que funcionam na RL (Real Life), se os avatares não têm sede, fome, precisam dormir ou serem transportados.

Vamos ver muitas ilhas-fantasma ainda, enquanto mais gente vai entrar, descobrir o que rola e ficar, ou quebrar a cara. É darwinianismo puro! O papel de quem hoje planeja e cria para o Metaverso é mostrar que a evolução é possível e factível, desde que com um modelo de negócios e conteúdos concretos e relevantes.

It’s evolution, baby!

Colocando em perspectiva

Depois do post sobre o Leão de Ouro para a Agency.com, alguns colegas perguntaram o que tinha de tão especial na ação pra valer um reconhecimento destes.

Reproduzo aqui o post que fiz para o Radinho, explicando o contexto e mostrando que, mais do que uma campanha utilizando uma nova mídia, a Agency deu a volta por cima e mostrou estar na linha de frente da inovação e da compreensão do que significa a tal (r)evolução digital.

On 6/19/07, Jeff Paiva wrote:
Os caras da Agency.com procuravam criativos de web…. pessoas com skills de desenvolvedores, conhecedores de web 2.0, programadores avançados. e precisavam dar uma polida na imagem da agência, desgastada depois do fiasco do “viral” que fizeram para tentar ganhar a conta da Subway e que virou motivo de chacota mundial.

E para isto usaram o Second Life para todo o processo de recrutamento, incluindo entrevistas e praticamente todas as etapas de contratação.

Além de recrutar pessoal especializado e que não teria condições de ir ao escritório da agência em Bruxels ou nas EUA, a divulgação da campanha resultou em mídia expontânea para a Agency.com

Além de despertar o interesse de prospects e clientes de outras áreas, usaram uma ferramenta simples e que falou diretamente com os potenciais funcionários. Lembrando o comentário sobre o outdoor binário, é como falar um código secreto que identifica a agência com os funcionários.

DEPOIS é que virão as soluções para o cliente e os consumidores dos produtos que estes fazem.

Às vezes os publicitários brasileiros acham que precisam reinventar a roda em toda campanha, em cada material de PDV, cada filme ou spot. E este Leão de Ouro mostra que, às vezes, usar bem o que já existe é tão eficiente quanto.

    Vamos entregar a caixa, antes de tentar pensar fora dela!

Golden Second Life

A grande gritaria em relação ao Second Life, principalmente entre os formadores de opinião do mercado de comunicação, é que o multiverso não alcança uma massa crítica suficiente para justificar investimentos. E quem o acessa hoje em dia é nerd ou tem uma super-máquina ou muito tempo livre e nenhum objetivo.

Verdade! E, como toda mídia nova, cresce se retro-alimentando e cria profissionais enquanto se desenvolve.

Um case de recrutamento de profissionais com talento e conhecimento de web 2.0 acaba de ganhar um Leão de Ouro de Direct em Cannes. Usando Second Life!

Como estes profissionais são disputados a tapa em todos os meios de contato, a Agency.com resolveu procurá-los dentro do metaverso, onde as “aves raras” da web 2.0 poderiam ser encontradas.

Foram mais de 50 entrevistas, em um universo de mais de 100 currículos altamente especializados. E os oito postos preenchidos por gente de muito talento e prontos para reinventar a Agency.com (de triste lembrança pelo pitch da conta de Subway, lembra?).

Que tal reconhecermos que as novas mídias chegaram pra ficar e serão utilizadas como meio, não só como fim?

Update: Coloquei mais em cima um comentário sobre o momento que a Agency.com atravessava e o desafio estratégico que os levou a uma abordagem diferenciada, embora de simples execução. Uma combinação matadora, na opinião deste escriba.

Sapeando

O Grupo de Planejamento deu prosseguimento às atividades de 2007 com o evento inicial de um conceito interessante.

O Sapo de Dentro, Sapo de Fora vai reunir sempre um profissional de planejamento e um não-planejador, mas ligado ao mercado de alguma maneira. A primeira dobradinha reuniu David Laloum, diretor de planejamento da Y&R e Marcelo Coutinho, diretor-executivo do IBOPE Inteligência. Os temas foram “First Life. O Homem, foco das marcas”, desenvolvido pelo Laloum, e “O fim do discurso publicitário? As marcas em tempos de comunidades on-line e criação coletiva”, abordado por Coutinho.

Infelizmente não pude comparecer, mas o Douglas Gregório esteve lá e faz um relato bem completo no Douglas Planner.

Tenho algumas considerações quanto à maneira que maioria do mercado brasileiro está encarando o “fenômeno” Second Life e os metaversos que surgem, como o proposto ambiente 3D do Playstation ou jogos como o World of Warcraft.

Mas análise do Douglas está bem legal e vale uma conferida!

Na rede… agora com vídeo!

Aí está a matéria que o Hoje em Dia, da TV Record, fez sobre o Second Life e que contou com a participação deste escriba.

Apesar do pouco tempo de entrevista ao vivo e de algumas perguntas terem ficado com respostas confusas, acho que dá pra ter uma boa idéia do que pode vir a ser o Secod Life e este conceito de metaversos e navegação 3D, dentro de alguns anos.