Category Archives: Redes Sociais

100 anos de paixão (e confusão)

Este post faz parte do Projeto Blogagem Inédita, proposto pelo Edney Souza no Interney.net. saiba mais sobre o projeto clicando aqui

Como profissional de Social Media, às vezes me pego pensando se as ferramentas que estamos aprendendo a usar e a desenvolver podem ser usadas para a evolução – ou correção de rumo – de algumas das principais paixões dos brasileiros.

Centenário do Galo

Daqui a exatamente uma semana, no dia 25 de março, o Clube Atlético Mineiro celebra 100 anos de sua fundação, por um grupo de garotos de classe média da então pacata cidade de Belo Horizonte.

Assim como outros clubes brasileiros que alcançaram a marca, os 100 anos do Galo estão sendo comemorados com um misto de ações de marketing, iniciativas privadas e muita expectativa por parte de uma torcida considerada uma das mais apaixonadas do país.

Mas, ao contrário do centenário de Flamengo ou Vasco, o clube não conseguiu montar uma super-equipe, nem contratar nomes de peso para o plantel. Arrastando-se em um desconfortável 4º lugar no campeonato Mineiro, afundado em dívidas e vindo de uma administração horrorosa – que culminou com o rebaixamento do clube à Segunda Divisão do brasileiro em 2006 – o Galo mineiro conta muito mais com sua torcida do que com a esperança concreta de realizações históricas neste ano.

Mas a Massa, como é conhecida a torcida alvi-negra mineira, supera a tudo e a todos para demonstrar sua paixão. Seja morando na periferia de BH, seja espalhada por São Paulo, no interior do estado do Pará ou mesmo fora do país, os atleticanos demonstram seu amor ao clube das mais diversas e originais maneiras.

São diversos grupos de emails, comunidades no Orkut, torcidas (des)organizadas, todos pensando no bem do time e tentando ajudar a recuperar a época de glórias e títulos.

Um grupo de mineiros-paulistas está preparando uma caravana para ver o time jogando contra o Rio Branco de Andradas, cidade do sul de Minas distante apenas duas horas da capital paulista. A idéia é mostrar o amor da GaloSampa mais uma vez, assim como fizeram na disputa da Série B do nacional quando invadimos o estádio do Santo André e o Canindé.

Infelizmente ainda há muito o que fazer para tornar o Atlético um time verdadeiramente nacional. Seus dirigentes têm o péssimo hábito de afundar o time em dívidas – seja contraindo empréstimos dúbios, seja pela simples incompetência de administrar corretamente os ativos do time, como passes de jogadores, FGTS e direitos trabalhistas.

O resultado é, como se diz também da torcida corintiana, uma torcida que tem um time. Mas nem este fator é bem utilizado pela direção do centenário Galo das Alterosas. Contando em suas hostes com economistas, empresários, publicitários e diversos luminares da cultura, política e sociedade de Minas, o Atlético nunca teve um plano decente de marketing, valendo-se no máximo de campanhas pífias pra arrecadar dinheiro quando a “água bate na bunda”.

Que este centenário possa marcar uma virada para o mais querido de Minas, em uma era em que as mídias sociais estimulam a colaboração e a busca por soluções compartilhadas.

Galo Sempre!

Pingos nos is

Amigos, Romanos, compatriotas, escutai-me!

Não venho aqui para enterrar o “blog como mídia” ou os participantes/moderador/ do painel do Proxxima. Nem para conclamar as hostes a uma batalha sangrenta entre miguxos, agências de “viralização” ou campeões de audiência no PageRank, BlobgBlogs ou Technorati.

Minha posição, colocada no post abaixo e distribuída por diversos meios digitais e sociais, é simplesmente a de que grande parte do mercado tinha a chance de conhecer melhor o potencial real dos blogs como parte de uma nova disciplina chamada Social Media. E que, por razões A, B ou C, esta chance se perdeu. Acredito firmemente que apontar essas razões é um papel de quem é player neste mercado.

E quem sou eu pra me considerar player?
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Up Irons!

Recém-chegado do jogo.

O momento da foto vencedora
A promoção foi um sucesso. O vencedor, André Pinheiro, madrugou na porta da AgênciaClick, onde estava a cabeça do Eddie, e faturou um convite para a partida – mais a chance de ficar cara a cara com seus ídolos.

A corrida digital levou o André pelo MySpace, e-mail, Twitter, YouTube, Orkut, mensagem automática de SMS, Flickr e Google Maps, até finalmente chegar na porta da AgênciaClick. Lá a famigerada cabeça foi devidamente fotografada e a imagem postada no perfil MySpace do vencedor, como mandava o regulamento.

Ao todo foram quase 300 participantes em apenas 2 dias de ação. Os resultados completos, mais fotos e making-of a gente publica na página da Click, no MySpace e – claro – aqui no wordsmith.

Um obrigado especialíssimo à galera da Criação da AgênciaClick: Rapha Vasconcellos, Gaby Hunnicutt, Feijão, Edinho. Outro gigantesco ao pessoal de Social Media: Lalai, Fabiano Schuler, Ric Dourado, Fabricio. E um obrigadão final à gang do MySpace Brasil – Andrea orsolon, Hary, Tiago e Gabi.

Logo menos pintam as fotos do jogo massacre que o time do Iron deu na equipe MySpace/EMI/AgênciClick. Os vovôs do heavy meteram 7 x 0 na nossa turma, que tinha Roger (Ultraje), Vitor Birne (CBN), Ronaldo (ex-goleiro do Corinthians), Benjamin Back (Estádio 97), entre outros pernas de pau craques.

No final, o simpático Steve Harris ainda foi cercado pelos jornalistas:

Amanhã tem o outro show do iron no gramado. Desta vez no Palestra Itália e, algo me diz, vai ser outra goleada!

Campus Party – Reflexões rápidas

Pílulas e pitacos sobre o Campus Party, em meio a correrias, palestras e fechamento de planos. Na semana que vem publico um paper que estou escrevendo sobre o evento, mas por enquanto vão aí meus dois linden dolars:

* Esforço hercúleo dos voluntários para organizar tudo, a despeito dos bugs e miscalculations dos espanhóis;

* Todo mundo falando dos blogs, de jornalistas, mas a estrela da comunicação dentro do evento, pra mim, é o Twitter!

* Como todo projeto que tem um lado “social” – no sentido de socialista – a confusão entre o que é privado e o que é público esquentou… sem levar a lugar nenhum;

* Ser pioneiro, botar a cara pra bater e organizar uma parada desas na raça é bacana. Mas tem que ter humildade pra aceitar crítica, Dom Blanco.

* A mistura de culturas, as opiniões divergentes e o network são priceless…

* assim como baixar a temporada de MadMen e a discografia completa de obscuros trompetistas a 200M/min 😉

* Eu comentei que a logística deixou a desejar?

* O evento está garantido até 2013. Muito tempo pra aprender e fazer cada vez melhor.

Mais um degrauzinho

Conquistas são sempre importantes.

Ainda mais quando vêm dentro de um planejamento sério, com trabalho duro e o apoio de uma equipe competente, comprometida e séria (quando precisa, porque a turma sabe zoar também).

Nesta quinta-feira foi anunciada oficialmente a transição do departamento de Redes Sociais, que coordenava na AgênciaClick desde julho de 2007, para uma gerência chamada de Social Media. Mais do que uma promoção e um deslocamento de área, a nova nomenclatura é uma declaração do que queremos fazer na Click: fomentar a busca por formatos, linguagens e possibilidades cada vez mais inovadoras e ousadas; trazer para a comunicação digital novos conceitos, em que a comunicação deixa de ser uma via de mão única para se tornar um diálogo, com perguntas e respostas, tornando o próprio usuário agente gerador e propagador.

Jeff Paiva e Tomás PenidoNesta nova etapa, estarei do lado de profissionais competentes e com quem aprenderei muito, como o gerente de Mídia Emmanuel Martins, o Diretor de Novos Negócios de Mídia André Chueri e o Diretor de Mídia Tomás Penido. Sempre sob a orientação do Presidente da AgênciaClick, Abel Reis e em colaboração estreita e cúmplice com a Criação, dirigida com brilhantismo pelo Raphael Vasconcellos na Click Brasil e pelo VP LatinAmerica, Ricardo Figueira.

Para a minha equipe de Redes Sociais, agora Social Media, meu agradecimento profundo pelo que alcançamos até agora e pelo que planejamos conseguir daqui pra frente. Lalai, Marisa, Fabiano, galera: vam’bora que a hora é nossa.

Fecharam a caixinha… de novo.

Um dos melhores serviços de música on-line de todos os tempos, o Pandora foi aclamado como a rede social musical definitiva. Tão boa era na defnição das sugestões de trilhas e set-lists baseados no gosto do ouvinte e teve tanto sucesso mundo afora que sofreu pressão dos detentores de direitos autorais e teve seu acesso proibido para usuários de fora dos EUA.

Eis que surge uma maneira de burlar as restrições – como só haveria de acontecer… O GlobalPandora se baseava em IP’s americanos e usava o sugestivo título “The Box is Open”. Pois é, não está mais…

GlobalPandora is closed

Segundo o Mashable.com e o TechCrunch francês, os IP’s utilizados pelo GlobalPandora foram bloqueados devido às mesmas pressões que provocaram a restrição de acesso de usuários não-norteamericanos.

Aqui no Bananão pouca gente usava o serviço, mas estes poucos (como este escriba) estão desconsolados e entegues, novamente, à mercê das poucas rádios on-line decentes que sobrevivem à sanha dos ECADs mundiais.

Esbarrando na diva blogueira

Conversando com o pessoal do Montage em dos lounges do SPFW, de repente vejo a Lalai prender a respiração. Quando olhei, vi uma figura insólita (para os padrões deste escriba, não para o ambiente em que eu estava): Uma senhora de seus 50 anos, com um mega-turbante, eleganterrima e altiva, quase desfilando pelo lounge sob os olhares curiosos e admirados dos fashionistas.

Fiquei sabendo ali quem era Diane Pernet, que com seus óculos escuros e sua elegância escreve sobre o mundo da monda no “A Shaded View of Fashion”. Blogueira declarada, ela foi designer em NY por vários anos antes de se mudar para Paris

Diane Pernet no SPFW 2008
Madame Pernet, que vive em Paris mas roda o mundo acompanhando os fashion shows, contou que adorou as coleções de Alexandre Herchcovitch, Maria Bonita, Reinaldo Lourenço e Fause Haten. Ficou encantada com o desfile de Tufi Duek nos jardins da sua casa (“Delicioso, o estilista nos convidar para conhecer seu trabalho em seu próprio ambiente”) e está adorando a diversidade do público. “Aqui as pessoas demonstram entusiasmo pela moda. Em Paris todo mundo é blasé!”, comentou.

Lady Pernet ainda comentou sobre a iniciativa da cobertura da Fiat no SPFW. “é uma ótima idéia e completamente up-to-date com o que acontece hoje. Inclusive é tema de uma mostra no Metropolitan de NY, que convida os visitantes a dividirem suas reações no blog coletivo da mostra”.

Aqui a gente continua descobrindo o que acontece nas passarelas e nos bastidores do SPFW Inverno 2008.

Moda na rede, no cell, no twitter…

Começou a loucura do São Paulo Fashion Week 2008. Milhares de fashionistas, fashion-victims, fashion-addicts e wannabes vagueiam pelos corredores do Pavilhão da Bienal de SP, no Ibirapuera.

E as marcas trazem seus lounges, suas logos e seus prospects, pra projetar modernidade e se aliar com as tendências da moda. A cobertura, como sempre, traz muitos adjetivos, muita purpurina e muito bafond.

Fiat no SPFW - O BlogA Fiat, patrocinadora do SPFW, também está presente, mas desta vez vai além da simples presença com seus lounges e intervenções. o Site Fiat Fashion traz conteúdos exclusivos, designs e análisees das coleções, principalmente de Alexandre Herchcovitch, estilista convidado a desenhar a coleção Fashion Innovation Attitude.

Para acompanhar cada minuto dos desfiles e as milhares de referências que pululam no evento, a AgênciaClick criou, em complemento ao site, um blog colaborativo e um canal de twitter que informa cada turn-over, cada tendência e cada modelo desconstruído que pisa na passarela.

O conteúdo é de responsabilidade da Cartaz, com a redação principal de Paulo Terron, piloto do blog With Lasers e que colabora com a Rolling Stone Brasil. Além dele, dois blogueiros convidados mandam suas opiniões: Biti Averbach, editora do blog Moda Sem Frescura (e que conhece absolutamente todo mundo do mundinho fashion) e o jornalista e cineasta Vitor ângelo, do dus*****infernus, que traz um toque ácido e venenoso aos comentários.

Fiat no SPFW - o TwitterNo Twitter, além do conteúdo do blog em destaque, notinhas curtas e o calendário dos desfiles são postados em tempo real. Quem quiser assinar o feed, é só acessar o canal.

Ah. mande seus comentários, seus posts e suas fotos também. Elas vão virar posts no blog oficial Fiat no SPFW!

Tio Jobs derrubou o Twitter!

A expectativa era enorme na manhã de terça-feira, 15 de janeiro, no mundo nerd-maçãzístico. Era dia de keynote do Guru das Camisas Pretas, o mito, a lenda Steve Jobs.

twitter_macworld.pngDede o início da MacWorld Conference, em San Francisco, os banners espalhados pelo ambiente divulgavam que “there’s something in the air”. As especulações variavam desde um novo IPhone até um revolucionário macbook que flutua(!). Como as bandas (não tão) largas estavam congestionadas, muitos seguidores da Grande Maçã recorreram às redes sociais e instant messages para se mantes up-to-date com o keynote de Jobs, esperando a famosa frase “ah, there’s another thing”.

E o grande sucesso desta cobertura play-by-play foi a mais nova atração da rede. O Twitter acabou sendo uma das principais opções para os sem-rede e, como toda novidade, acabou sucumbindo no seu primeiro grande teste. Mesmo com a profusão de coberturas ao vivo nos sites macmania, o Twitter foi uma opção muito popular.

A cada novo feature anunciado no palco da MacWorld uma enxurrada de posts inundava a “tuitosfera”, descrevendo o aplicativo do Iphone para mapas, o modelo de aluguel de filmes via ITunes ou se maravilhando com a leveza e design do novo MacBook Air.

De uma maneira mais nobre – e menos traumática – que o batismo de fogo das mensagens SMS nos atentados de Londres e Madrid, a primeira grande onde de utilização do Twitter como veículo de divulgação de massa foi um sucesso.

Mesmo que várias pessoas tenham se deparado com aquela mensagem engraçadinha “bring that beat back” (o equivalente twístico para o Bad, Bad Server orkutiano), a simples demanda por atualzações e a disposição dos twiteiros em atualizar seus pares em 140 caracteres mostra que mais um canal de sucesso está presente no arsenal da internet mundial.

Ah, there’s another thing…

O que é o Macbook Air! Eu quero, lógico!